Muitos pesquisadores convidados para a CONABE 2019 (Linnea Ehri, Catherine Snow, Cláudia Cardoso-Martins, etc...) falaram da importância da consciência fonológica e da relação grafema-fonema para o processo de alfabetização. Claro, sem excluir todas as outras facetas representadas pelo modelo das cordas que eu publiquei aqui na semana passada, que são igualmente essenciais para a aprendizagem da leitura e da escrita. Afinal, não podemos esquecer que a compreensão e a decodificação se interagem para a formação de um bom leitor. ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀ O que eles quiseram enfatizar é que a aprendizagem da leitura e da escrita não é espontânea, como na linguagem oral. Não basta a criança estar inserida no mundo letrado para aprender a ler e a escrever! A criança não descobrirá o funcionamento da linguagem escrita sozinha e no seu ritmo! ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀ É importante apresentar propostas explícitas para o ensino da leitura e da escrita, do sistema de escrita alfabética. Não basta ter um repertório textual escrito rico se não existe um ensino sistemático da relação grafema-fonema e das reflexões sobre os aspectos sonoros das palavras ou de algumas delas que estão nesse texto. ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀
Em resumo, é complicado alfabetizar sem ensinar o sistema alfabético, sem ensinar as letras, a relação grafema-fonema... Parece meio óbvio, mas infelizmente é o que acontece em muitas salas de primeiro ano. Para tentar distanciar-se de um ensino tecnicista e talvez por uma confusão entre consciência fonológica e método fônico, o ensino do sistema alfabético e da decodificação propriamente dita acaba ficando de lado. O que é realmente uma pena! ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀
Fonte même: autor desconhecido ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀
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