Essa semana li muitos artigos de intervenção em pré-escolares para escrever parte de um capítulo sobre estratégias que podem facilitar a entrada da criança no mundo da escrita e prevenir futuras dificuldades na alfabetização. Resolvi compartilhar com vocês ao longo dessa semana algumas práticas que podem ser desenvolvidas em vários contextos (familiar, escolar, clínico) para ajudar a consolidar as bases cognitivas e linguísticas, favorecendo a aprendizagem inicial de leitura e escrita das nossas crianças. Já falei várias vezes por aqui que a primeira infância (0 a 6 anos) é uma fase importantíssima no desenvolvimento da criança. É nesse período que o cérebro mais se desenvolve em termos estruturais e é quando mais podemos impactar no seu potencial de desenvolvimento. Temos uma grande oportunidade de impulsionar o desenvolvimento da criança em todas as áreas, apenas com pequenas mudanças de atitudes ou estratégias simples. ⠀⠀⠀⠀⠀ Sabemos que dar atenção, conversar, brincar é essencial para um bom desenvolvimento das crianças. O nosso tempo com elas é precioso nesse sentido... Mas o que as pesquisas mais atuais dizem em relação à entrada da criança no mundo da escrita? O que podemos fazer, quais estratégias podemos utilizar para facilitar essa inserção na Educação Formal? ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀ Na maioria dos artigos de intervenção, as estratégias de maior efeito estão associadas às estimulações com foco no desenvolvimento infantil (por ex. estratégias que ensinam como a criança pode organizar seu comportamento, como planejar suas ações para realizar uma tarefa, como resolver problemas, etc.) e no desenvolvimento da linguagem oral (por ex. estratégias que estimulam o vocabulário dessa criança, tanto compreensivo como expressivo, estratégias de metalinguagem que fazem as crianças pensar sobre a estrutura da sua língua, etc.). ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀ Então, a resposta à pergunta é SIM, podemos utilizar estratégias específicas para facilitar o futuro processo de alfabetização e prevenir dificuldades. Porém, TUDO precisa ser feito de forma lúdica, divertida, a partir de brincadeiras, mas COM intencionalidade. Nos próximos posts vou trazer exemplos práticos dessas estratégias. Aguardem!
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Doutora em Ciências da Linguagem
(Université de Grenoble-Alpes, França)
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